domingo, 5 de abril de 2015

Não me deixe ser apenas eu


O que de fato faz sermos o que somos? Somos na realidade um aglomerado de atitudes, ou em muitos casos a falta dela. Deixar de fazer algo pode dizer quem somos muito mais que atitudes, fazer dez coisas relevantes podem se tornar nada ao deixar de fazer algo significativo para nós mesmos.
                A incerteza pode ser o maior motor que exista da falta de atitude; por incerteza de alguma reação deixamos de agir, deixamos de demonstrar nossos sentimentos seja em forma de palavras ou de ações. Deixamos de ser mais intensos por escolher o que parece ser mais cômodo e convencional, na tentativa de fazer a melhor escolha acabamos por ser covardes com nós mesmos, com nossos sentimentos, com quem realmente somos. O que eu realmente sei é que eu não consigo ser um apenas, não me conformo com a ideia de ser uma pessoa engarrafada que não pode mudar, não pode ser algo mais, não pode ser algo diferente.
                A ideia de ser sempre o mesmo me assusta, e o que mais me assusta é ver que as pessoas se acomodam em ser elas mesmas; O estado de comodismo nunca foi e nunca será bom, ele nos impede de crescer, nos impede de descobrirmos o verdadeiro potencial ao qual fomos projetados. Essa vida é muito rápida, e o pior de tudo: é uma só. O que de fato você realmente sempre quis ser? Qual aquele seu sou de infância que todos disseram ser “idiota”? Não dê importância para a opinião alheia, o lado bom da vida ser uma só, é que ela é única e é sua. Já pensou que quando tudo estiver acabado, e você estiver diante de Deus, e Ele lhe questionar: “O que você fez com os sonhos que eu te dei?”, o que você dirá? Apenas sonhei pois eles não eram convencionais ou não eram lógicos.
                Viva, deixe as incertezas de lado, mas nem por isso deixe de calcular; Calcule, planeje-se, use a sabedoria pois com ela e somente com ela é que você conseguirá realizar seus sonhos da melhor maneira possível. Não seja apenas você, não se conforme em ser você, queira sempre ser mais, mais que um mero sonhador, faça com que você seja lembrado como a pessoal que tornou seus sonhos realidade, e inspire outros a fazerem o mesmo, esse ciclo não pode parar!


quinta-feira, 26 de março de 2015

Um dia quem sabe..

    Talvez em algum dia eu acorde bem devagar, enquanto as minhas pálpebras se abrem, a luz vai dando vida aos objetos lentamente, vou olhando ao redor e aos poucos começo a perceber os móveis da casa , não, não existem paredes é tudo apenas um cômodo só e estou deitado de lado no sofá, deve ter sido um breve cochilo ou quem sabe o despertar de um longo sono repleto de pesadelos. 
    Olho para as janelas abertas e consigo ver o mar, com o barulho das ondas sussurrando ao meu ouvido, vendo o movimento das cortinas com o sopro do vento consigo ter uma ideia da minha grande paz de espírito. Será que estou sonhando? sinto minha alma sorrindo, coloco um pé no chão para ver se é realidade, sinto cócegas nos meus pés assim que eles tocam o tapete macio que esta sobre o chão, vou caminhando até a mesa de centro que está próxima a uma grande porta-janela de vidro, olho para a direita e me vejo no espelho; Estou vestindo uma camisa azul claro e uma bermuda branca de sarja, com o cabelo todo bagunçado com cara de quem recentemente acordou. Me volto para a esquerda vejo uma bancada e logo atrás uma cozinha, é tudo tão claro, a casa é quase toda de vidro.
    Olho para trás onde eu estava e vejo que acima existe um mezanino que só pode ter acesso se passado por uma linda escada de madeira que está a minha direita, lá não está tão claro consigo ver cortinas daqui de baixo, são cortinas de cor creme que deixam o ambiente leve e suave, será que devo subir? Depois pois existe um sol lá fora que me chama para sair, me viro a frente onde esta a grande porta-janela de vidro que esta meio aberta por onde entra uma leve brisa que faz com que as cortinas se mexam; coloco o pé para fora da porta, existe uma deque de madeira com uma rede pendurada, caminho mais um pouco e o que eu achava ser o sol é uma luz muito mais forte que ele, e essa luz me chama e começo a sentir que é ela que me faz me sentir bem, que faz eu me sentir leve.
    Saio do deque lentamente, e desço dois degraus e diretamente já estou na areia. A luz esta ao fundo do mar, vou caminhando em direção à ela sentindo a areia de uma forma tão real passando entre meus dedos e massageando meus pés. Existem coqueiros que tremulam em direção ao vento, existem poucas nuvens e elas tem formato suave. Continuo me dirigindo ao mar para encontrar a luz, até que a água começa a tocar meus pés, e não consigo mais resistir, meus joelhos tocam ao chão e o que eu consigo é apenas agradecer.